Lavando a roupa suja – porque a vida não é feita somente de bons momentos

Hoje é domingo, voltei ontem da praia onde descansei por três gostosos dias e aqui estou eu: lavando as roupas sujas, organizando a casa, planejando meu trabalho da semana que se inicia.

 

No café da manhã li alguns e-mails de alunos do programa Jornada Singular, a tarefa da semana era sobre qual a sua vida e trabalho dos sonhos. Vários insights, várias dúvidas. Medos e sonhos andam de mãos dadas, sempre.

 

Fiquei com este tema na cabeça: a vida ideal.

 

Volto meu olhar pro cesto de roupas sujas…ainda terei umas quatro máquinas cheias pela frente, já dei banho nas cachorras que estavam cheias de areia e carrapichos, assei pães de batata-doce pro café e daqui a pouco terei que fazer o almoço, responder os e-mails, deixar tudo pronto.

 

 

Quando falamos sobre a vida ideal dificilmente incluiremos nela esta parte: a dos bastidores. Poxa, quero tanto passear na praia! Está lá, na vida dos sonhos. E lavar a roupa suja depois? Quero tanto ver minhas cachorras pulando soltas pela natureza – e dar banho, tirar carrapicho e secá-las? Não, isso não entra na lista dos sonhos, da vida ideal.

 

E quando falamos de trabalho, a mesma coisa. Eu amo meu trabalho. Mas tem as planilhas, os relatórios, o controle financeiro e fiscal…que me cansam! Preferia pular esta parte, mas não posso!

 

Nossa vida e trabalho ideal sempre vem com um quê de romantismo. Nos sonhos ou nas estórias com final feliz a casa e as roupas são auto-limpantes, os filhos não dão trabalho e nem ficam doentes, as pessoas não tem TPM ou um dia ruim. Bem diferente da vida real.

 

A vida real é recheada de momentos não tão legais.

 

Cabe a nós definir como olharemos para estes momentos.

 

A pia está cheia de louça? Puxa, lembre-se de como foi o jantar! Seus filhos bagunçaram toda a casa? Mas que delícia de vê-los brincando, rindo e com saúde.

 

Eu estou cheia de roupas com restos de areia e protetor solar para lavar… mas a cada peça, a lembrança gostosa do momento vivido, do sol no meu rosto, da areia e da água do mar nos meus pés. Vale a pena a sujeira!

 

Muitas vezes não podemos mudar o mundo, a situação, temos que fazer o trabalho duro e pesado. Mas podemos reinterpretá-lo e começar a olhar com amor e gratidão à tudo o que nos acontece.

 

Hoje é domingo.

 

Você pode se deitar no sofá, assistir programas ruins na TV, ler um livro ou levantar agora e ir passear num parque. Pode reclamar que não tem nada na TV, que ler é obrigação, que o parque está longe e lotado. Pode escolher reclamar de tudo, sempre.

 

Ou pode chegar à conclusão de que a vida que você vive é reflexo das escolhas que você faz, ao agir e ao pensar.

 

Podemos reclamar menos e sermos mais gratos.

 

O que não significa que a vida está perfeita e ideal, significa apenas que é a vida, assim, com todas as superações, desafios e alegrias que a fazem tão linda e boa de ser vivida!

 

Viva bem e seja feliz.

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