Benefícios Flexíveis: modismo ou uma nova realidade?
Para atrair novos candidatos e manter os atuais colaboradores, as empresas oferecem em seu pacote de remuneração alguns benefícios que vão além do salário. Mas, assim como a transformação digital foi acelerada pela pandemia, alguns benefícios perderam o sentido diante do home office, do distanciamento social e de outras adequações que as empresas realizaram.
Podemos citar, por exemplo, o fornecimento de vale-transporte, sendo que o trabalho se tornou home office em algumas organizações, ou o vale-refeição para os colaboradores que preferem fazer suas refeições em casa. Para estas pessoas, as necessidades não são mais as mesmas, elas precisam ter um local adequado de trabalho em seu lar e ter um benefício que veja a alimentação com outro olhar, numa realidade em que a sua família está incluída.
Mas será que as empresas estão realizando mudanças no pacote de benefícios?
Sim! Segundo a ‘30ª Pesquisa de Benefícios Corporativos – Tendências e Insights 2021’, da Mercer Marsh Benefícios, que foi apresentada no mês de junho deste ano na Jornada de Benefícios, 80% das 737 empresas participantes realizaram mudanças no pacote de benefícios, sendo que 52% incluíram novos benefícios e 26% flexibilizaram alguns benefícios existentes.
Os benefícios flexíveis vêm aos poucos ganhando espaço dentro das organizações, que acompanham não só as tendências de mercado mas, principalmente, a mudança das necessidades de seus colaboradores, respeitando as suas preferências e os considerando como indivíduos e não mais oferecendo benefícios genéricos.
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Além de proporcionar melhorias ao pacote de benefícios, há outros motivos para implantar a flexibilização:
- Engajamento dos colaboradores que se sentem motivados por terem suas necessidades pessoais atendidas;
- Valorização das diferenças, considerando a diversidade de gerações e a pluralidade de seu público interno;
- Criação de senso de responsabilidade ao colaborador no processo de decisão, pois precisa gerir a verba que foi definida ou escolher com critério as opções de flexibilização que possui.
Mas não basta flexibilizar os benefícios porque “ todo mundo faz” ou porque “está na moda”, é preciso ir além e fazer algo que faça sentido para os colaboradores. Confira algumas dicas:
- Faça o mapeamento das necessidades dos seus colaboradores através de uma pesquisa confidencial e que proporcione dados para analisar a realidade interna da organização;
- Levante qual é o nível de satisfação dos colaboradores com relação aos benefícios atuais, assim você poderá entender quais são os mais valorizados pelos colaboradores e que podem continuar no pacote oferecido;
- Verifique dentre seus fornecedores se eles possuem algum tipo de solução que faça a gestão flexível, sendo você cliente poderá negociar valores e adequar seus custos; mas se for preciso buscar um fornecedor novo, pesquise, busque referências e sistemas que sejam confiáveis;
- Com estas informações em mãos, você poderá traçar o plano de mudança. Não precisa fazer tudo de uma vez, uma opção é implantar por etapas, assim poderá fazer as correções ao longo do processo.
- E não esqueça de fazer uma boa comunicação interna para todos da empresa, explicando como funcionará e quais serão as regras para que a mudança aconteça com sucesso.
Os tempos mudaram e as empresas que estão dispostas a se adaptar às mudanças, inovar, valorizar e respeitar as pessoas que contribuem para os seus resultados, terão maiores chances de se destacar e atrair os melhores profissionais do mercado.
Texto por: Flavia Moura