Como ter um time engajado e de alta perfomance

Por que alguns times simplesmente “não funcionam”? Mesmo com profissionais competentes, os resultados não vêm, os conflitos aumentam e o turnover vira rotina.

A verdade é: formar um time de alta performance não é sobre juntar talentos. É sobre construir, intencionalmente, um caminho de confiança, clareza e compromisso coletivo. Isso difere um grupo de pessoas que trabalham juntas, cada qual pensando na sua parte e interesses, de um time coeso e engajado.

Em nossas abordagens junto a líderes e times, o modelo Drexler-Sibbet tem trazido bons resultados neste processo de engajar todos na busca de resultados cada vez melhores, e com maior autonomia, aumentando a consciência dos líderes sobre seu papel de facilitador e estabelecendo ferramentas e rituais que apoiam o processo.

Vamos conhecer um pouco mais sobre sua aplicação.

Liderando times de alta performance com modelo Drexler-Sibbet

O modelo Drexler-Sibbet propõe 7 etapas pelas quais todo time precisa passar até alcançar a alta performance. Ignorar essas fases ou tentar “pular etapas” é o que faz muitos times promissores travarem.

Aplicar esse modelo não é só teoria bonita — ele atua diretamente nas principais dores das empresas:

  • Engajamento: Quando há clareza e confiança, as pessoas se sentem parte do todo.
  • Retenção: Profissionais que sentem pertencimento e propósito não pedem demissão facilmente.
  • Resultados sustentáveis: A performance cresce sem depender de heróis ou apagar incêndios.

Vamos conhecer um pouco mais sobre cada uma das etapas e como aplicá-las:

Etapa 1. Orientação: Por que estamos aqui? O time está sendo formado ou está iniciando um novo projeto. O objetivo desta etapa é alinhar propósito, visão e pertencimento.

Ações do líder:

  • Compartilhar o propósito do time e seus impactos no negócio.
  • Conduzir uma conversa sobre valores e expectativas.
  • Fazer onboarding claro, inclusive para veteranos.
  • Ferramentas para aplicar: Canvas de propósito, dinâmicas de identidade do time, reuniões de alinhamento.

Etapa 2. Confiança: Posso confiar em vocês? Posso me abrir aqui? As pessoas precisam confiar umas nas outras. O objetivo desta etapa é criar segurança psicológica e vínculos de confiança.


Ações do líder:

  • Dar o exemplo: admitir erros, ouvir sem julgamento, acolher opiniões.
  • Promover conversas individuais e rituais de escuta ativa.
  • Atuar com transparência e coerência.
  • Ferramentas para aplicar: Dinâmicas de quebra-gelo, check-ins emocionais, círculos de confiança, rodas de conversa.

Etapa 3. Metas: O que vamos alcançar? O objetivo aqui é estabelecer objetivos claros, mensuráveis e compartilhados. Todos precisam saber o que estamos buscando e ter metas compartilhadas.


Ações do líder:

  • Co-criar metas com o time, garantindo compreensão e adesão.
  • Dividir metas globais em entregas por área ou pessoa, em tempos menores (semana / mês).
  • Revisar expectativas e avanços com frequência.
  • Ferramentas para aplicar: OKRs, metas SMART, reuniões de planejamento visual (kanban, dashboards), ferramentas de acompanhamento de projetos (Asana, Trello, Notion).

Etapa 4. Compromisso: Estamos todos dentro, engajados? O objetivo é gerar engajamento e responsabilidade coletiva. Todos precisam saber o que é esperado e trabalhar juntos, fornecendo e pedindo apoio.

Ações do líder:

  • Promover decisões participativas.
  • Negociar prazos e recursos de forma colaborativa.
  • Reforçar o “acordo” com rituais e reconhecimento.
  • Ferramentas para aplicar: Matriz de responsabilidades (RACI), reuniões de decisão com consenso, contratos de time, feedbacks 1:1 e coletivos (canva).

Etapa 5. Implementação: Quem faz o quê? Durante a execução, muitas vezes papeis e responsabilidades se sobrepõe. É necessário garantir clareza sobre papéis, processos e entregas.

Ações do líder:

  • Delegar com clareza e acompanhar com confiança.
  • Estimular a autonomia com responsabilidade.
  • Monitorar entregas e remover obstáculos.
  • Ferramentas para aplicar: Quadro de delegação, Ferramentas de gerenciamento (Trello, Asana), agendas de acompanhamento, reuniões de sprint.

Etapa 6. Alta performance: Como funcionamos juntos? O objetivo desta etapa é alcançar fluidez, colaboração e excelência na entrega, além de aumento da autonomia. Cada vez mais o líder delega responsabilidades e decisões para o time, não apenas tarefa.


Ações do líder:

  • Estimular feedbacks frequentes e melhorias contínuas.
  • Facilitar trocas entre pares e aprendizagem coletiva.
  • Reconhecer comportamentos e resultados de forma sistemática.
  • Ferramentas para aplicar: Reuniões de retrospectiva, cerimônias ágeis, avaliações 360º, premiações internas, gestão do conhecimento.

Etapa 7. Renovação: O que podemos melhorar? O objetivo é refletir, celebrar conquistas e ajustar a rota.

Ações do líder:

  • Criar espaços regulares para revisar processos e clima.
  • Fazer pesquisas de clima, engajamento, e-nps, etc.
  • Estimular inovação e ideias para o próximo ciclo.
  • Pedir feedback sobre a liderança e condução do projeto.
  • Valorizar aprendizados, mesmo diante de erros.
  • Ferramentas para aplicar: Reuniões de pós-projeto, análise de dados gerados (projeto, cliente, etc) pesquisas internas, mural de aprendizados.

Formar times de alta performance não é apenas sobre aplicar métodos, é sobre liderar com consciência.

Para que cada uma dessas etapas aconteça de fato, os líderes precisam rever seu papel: sair do comando tradicional e assumir uma postura de facilitador, construtor de confiança e promotor de alinhamento constante.

Isso exige preparo, autoconhecimento e o desenvolvimento de novas habilidades. Quando o líder evolui, o time acompanha — e os resultados aparecem, de forma consistente e sustentável.

Na Intentus, utilizamos o modelo Drexler-Sibbet base para desenvolver líderes e equipes de forma prática e conectada com os desafios reais das empresas.

Nossos treinamentos incluem:

  • Diagnóstico da fase atual do timen
  • Intervenções personalizadas para destravar barreiras
  • Desenvolvimento de líderes para conduzir a jornada
  • Dinâmicas e ferramentas práticas para cada etapa

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