Mudanças, planejamento e resiliência. Para mim, os três elementos que nos ajudam a ter uma vida e carreira melhor. Palavras e ações constantes em minha vida.
Aqui estou eu, escrevendo este texto feliz e rodeada de caixas. Mais uma mudança pra minha lista.
Desta vez, mudança breve, próxima, no mesmo bairro, apenas de um apartamento para outro. Já morei em alguns lugares de Sul à Sudeste, já visitei outros tantos. Gosto do mundo, chego num lugar e logo me apaixono, me integro, sinto-me em pleno pertencimento ao local. Olho em volta e penso: poderia morar aqui.
Contabilizando rapidamente, esta é a minha vigésima mudança de endereço. Se eu falar de emprego, de cabelo, de gostos, de vontades… milhares de mudanças!
Sempre fui meio metamorfose, nunca me acostumei com as coisas mornas. Quero calor escaldante, de arder a alma e o coração ou o frio intenso que gele a espinha. Estou aqui pra viver intensamente, hoje.
Não nasci e nem me conformo com nada mais ou menos. Por isso, mudar não me traz sensação de trabalho. Me traz a emoção de novidade, me desligar de algo que eu já conhecia ou que eu não estava gostando, pra algo… novo!
Que pode ser melhor, pior ou igual. (É necessário deixar isso claro: nem toda mudança traz coisas melhores. Mas como saberemos? Testando.) Mas é novo.
Gosto da novidade, porém hoje tenho plena consciência de que gosto mesmo é de experimentar.
Eu não vivo simplesmente, eu saboreio a vida. Sou totalmente apaixonada por experimentar cada possibilidade que existe no mundo ou de inventar o que ainda não há.
Para manter essa minha paixão por novidades, mudanças e experimentos é necessário planejamento, adaptabilidade e resiliência.
São as 3 características essenciais de quem quer mudar qualquer coisa!
Na vida, na carreira, nos relacionamentos.
Porque não dá pra sair por aí mudando tudo da noite pro dia: é preciso pesar prós e contras, analisar riscos, gastos e impactos – não só para mim, mas para todos envolvidos – e montar um plano de ação.
Agora, também não dá pra se agarrar na zona de conforto e não mudar nada, passar a vida toda do mesmo jeito, esperando o melhor momento, esperando estar pronto ou esperando alguém fazer algo por você.
Tudo é com a gente. Se você está incomodado com algo, comece pelo primeiro passo, com o planejamento.
Destas mudanças frequentes, de quem muda de casa, gosto ou opinião, deixo pra você 2 reflexões que podem te ajudar a ter clareza sobre por onde começar:
O que você precisa mudar.
O que está sem graça na sua vida, onde você precisa ter novos ares.
Uma forma de enxergar esses itens: liste tudo o que você vem fazendo da mesma forma, quais comportamentos ou ações você vem repetindo, sem ter resultados bons ou pior ainda: tendo resultados negativos!
Separe a lista em 4 pilares: Pessoal, Profissional, Familiar e Social.
Lista feita, comece uma mudança de cada vez.
O movimento é mais importante do que a pressa.
Do que você precisa desapegar.
Em toda mudança, um grande trabalho é encaixotar tudo, carregar e arrumar novamente. O que fui aprendendo, e que tem feito cada vez mais sentido na minha vida: desapegar.
E essa lição é pra vida. Quantas vezes estamos carregando pesos desnecessários. Então, mesmo que você não se mude fisicamente, exercite o desapego:
- Na sua casa: tire roupas, sapatos, enfeites, livros que não usa mais e doe ou venda. Jogue fora ou arrume o que estiver quebrado, sem uso.
- No trabalho: desapegue de tarefas que não são suas, de reclamações que não levam à lugar algum, de pessoas que não agregam, de comportamentos que impedem seu crescimento.
- Nos relacionamentos: desapegue de pessoas que não te servem, mas desapegue também de emoções negativas: desapegue de ciúmes, da raiva, do egoísmo. Viva sua vida leve e deixe que os outros sigam leves também, não repasse sua bagagem e seus pesos para os outros.
Mude, que o mundo muda com você.
E se você, como eu, adora uma mudança, apenas um ponto de observação: o que te motiva à mudar. É a novidade em si, gostar de coisas novas e experimentos, como eu, ou é fuga, é buscar algo que te falta em coisas externas?
As vezes queremos mudar apenas para fugir de algo que não conseguimos resolver ou que não queremos ver, enfrentar. Cuidado.
Quando é assim, a pessoa muda de relacionamento e se relaciona na sequência com alguém igual, fica vivendo as mesmas situações. Muda de emprego e quando se dá conta estará fazendo as mesmas atividades e com as mesmas queixas no novo ambiente. Muda de casa e terá os mesmo problemas.
Porque não resolveu, não enfrentou.
Você se muda e o problema vai junto.
Você e suas sombras continuarão iguais, apenas num ambiente novo.
Mudar não significa apenas abandonar o velho e seguir para o novo, levamos pedaços fundamentais – quem a gente é! – para onde formos.
Então, vale arrumar primeiro a bagunça interna.
Tirar o pó das caixas que estão dentro da gente, que não usamos mais e que trazem peso à alma, ao coração e que podem estar aí tirando seu sono e causando medo de seguir em frente.
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Se você quiser ler um pouco mais sobre como unir REALIZAÇÕES com RESPEITO AO SEU RITMO, te indico este artigo: Do essencialismo ao desapego – Como reduzir o ritmo sem reduzir suas realizações