O mundo está ao contrário e a gente reparou sim!
Muitas pessoas tem se questionado sobre o atual modelo de sucesso pessoal e profissional (isso inclui eu e possivelmente você, que se interessou por este artigo).
Transições e mudanças em nosso estilo de vida, na forma de pensar e encarar o mundo são necessárias.
Acompanhe comigo!
- Fomos treinados para o sucesso.
- Estudar desde cedo focados em passar no vestibular.
- Escolher uma área de atuação que remunere bem e entrar numa boa universidade, de preferência pública, antes dos 18 anos.
- Entrar num programa de estágio ou de trainee numa grande empresa, crescer na carreira, conquistar posições de destaque e que deem orgulho à todos em sua volta.
- Escolher a carreira do momento (só ver na imprensa e conversar com amigos que eles irão apontar as carreiras que estão em alta no momento – e não importa se você gosta da área ou se tem habilidade, estas serão as profissões que te trarão sucesso!! ahammm…)
Na sequência ou junto a tudo isso – casar, ter um carro, comprar uma casa financiada em 30 anos, viajar uma vez por ano com a família, ter filhos e colocá-los de volta neste mesmo caminho, esperando e desejando que eles também sejam felizes e bem-sucedidos. (ahammm 🤭…)
Robert Kiyosaki chamou sabiamente esta trilha de “corrida dos ratos” em seu livro best seller “Pai Rico, Pai Pobre”.
São estas e tantas outras imposições que muitas vezes levam as pessoas a escolherem rumos na vida profissional que não condizem com os mais profundos desejos, anseios pessoais e habilidades.
Epa!! Só que no meio dessa corrida, paramos para refletir:
– Poxa, talvez eu não esteja tão feliz assim, apesar de ter feito todo o caminho (ou parte dele) direitinho.
Você deve estar se perguntando: O que será que eu fiz de errado?
Não se aflija! É normal em algum momento da vida estes questionamentos surgirem.
Seguimos um caminho para o sucesso sem saber ao certo onde ele vai nos levar.
Em geral, só enxergamos o destino quando estamos chegando perto dele. Por isso a frustração! Muitas vezes, o que deixamos pelo caminho foi muito custoso, dói muito.
E o benefício pode nem ser tão grande assim.
Nos perdemos na nossa própria ânsia em querer conquistar cada vez mais. Muitas vezes, conquistar o que nem ao menos valorizamos.
E isso quando conquistamos, porque muita gente corre, corre, corre… e nunca chega na reta final.
Três aspectos baseiam fortemente este questionamento:
- Escolhemos cedo demais e com pouquíssima maturidade e conhecimento sobre o mundo, pra não dizer com uma visão romanceada, o que faremos na maior parte do tempo: nossa profissão.
- Seguimos modelos definidos pela vontade e necessidade dos outros, sem nos questionar sobre o que realmente queremos, o que faz bem pra gente.
- Nós mudamos e nossas vontades e necessidades mudam junto. Se aos 20 anos o seu sonho era ter um carrão esportivo, com 30 e poucos anos, casado e com filhos, a sua grande vontade talvez seja chegar em casa mais cedo.
Mas será que é possível voltar atrás?
Como já disse o médium Chico Xavier:
“Você não pode voltar atrás e fazer um novo começo, mas você pode começar a fazer agora e fazer um novo fim”.
Aquele que faz uma autorreflexão da vida, para por alguns instantes a pensar e analisar os rumos que a sua vida seguiu oriundos de decisões passadas, muitas vezes influenciadas pelo meio que você vive e foi educado(a), certamente concluirá que novas decisões devem adotadas para mudar a reta final que mencionamos.
Conforme mudamos, algumas coisas que eram importantes ficam pra trás.
Aprovação social é uma das questões que muda. E muito!
Porque muita gente fez a faculdade que fez?
Para ter a aprovação dos pais, da sociedade ou porque os amigos fizeram. Porque ser músico, confeiteiro ou artista não era bem uma opção profissional aceita aos 20 e poucos anos de idade. E porque você não queria provocar a ira familiar justificando que estava “apenas” seguindo os seus sonhos.
Talvez tudo isso tenha acontecido inconscientemente! pense ai…
Outra questão que muda muito:
Conforme o tempo passa, na maioria das vezes, nos preocupamos mais com saúde, qualidade de vida e família.
Começamos a entender que a vida acaba. E pra alguns muito, muito cedo.
Na juventude, vivemos a certeza de que somos eternos. A velhice está muito longe.
Conforme os anos passam, começamos a perder amigos, ver gente da mesma idade enfartando, adoecendo…
É a fase onde começamos a questionar se o CNPJ que defendemos vale o AVC.
Eu vivi tudo isso na pele. Trabalhei e estudei muito para conseguir um alto cargo corporativo. Foram noites mal dormidas, investimento financeiro, ausência dos eventos familiares. Quando cheguei lá, quando alcancei o sucesso, me perguntei: era isso? E agora, o que faço?
Eu sabia… tinha que dar alguns passos pra trás, reencontrar minhas verdadeiras paixões, vontades, necessidade… e usá-las ao máximo, enquanto houvesse tempo. Não dava pra esperar a aposentadoria, então, ali, resolvi agir e mudei minha vida.
Chega um momento em que precisamos de mais tempo livre, menos dedicação ao trabalho e mais cuidados com a gente mesmo (e como isso nos faz um bem danado!).
Nesse processo é fundamental o apoio profissional do coaching de carreira, com alguém que tenha vivência no assunto, experiências para compartilhar, orientar e te ajudar a fazer a transição de carreira da maneira correta, planejada e leve.
(se você quiser conhecer um pouco mais sobre o meu trabalho, clique aqui)
Você se arrependeria daquilo que fez ou daquilo que não fez?
Uma enfermeira especializada em atender pacientes em estado terminal listou os “Cinco maiores arrependimentos que as pessoas têm antes de morrer”. São eles:
1 – Gostaria de ter tido coragem de viver uma vida fiel a mim mesmo e não a vida que os outros esperavam de mim.
Passamos a maior parte da vida fazendo coisas pelos outros. E esperamos algo em troca, no mínimo reconhecimento. Mas o problema é que em geral os outros nunca nos pediram para fazermos algo! Ai quando não recebemos gratidão pelo ato feito, acabamos sentindo rancor, cobrando por algo que nós mesmos definimos o valor.
2 – Gostaria de não ter trabalhado tanto
Mesmo aqueles que tiveram um trabalho gratificante no qual tiveram a possibilidade de enriquecer, se transformar, ter uma vida melhor, ainda assim se cobram. Imagina os que se sacrificaram sem ter o retorno desejado! A grande cobrança quanto ao trabalho está ligada a dedicação excessiva e a abnegação dos demais valores pessoais: saúde, família, hobbies, amigos…
3 – Eu gostaria de ter tido coragem de expressar meus sentimentos
Nos preocupamos tanto em seguir regras e padrões sociais que acabamos aprendendo a esconder os sentimentos. Quantos “eu te amo” deixamos de dizer por que não era o momento certo?
Quando não dizemos, também escutamos muito pouco ou quase nada desses “eu te amo” que são potenciais bombas nucleares de alegria, acalentos e sempre estão recheados de um montão de coisas boas que reciclam nossa vontade de viver intensamente.
4 – Eu gostaria de ter mantido contato com meus amigos
Muitas vezes, as nossas relações de amizade são mais fortes e verdadeiras do que com nossa própria família. Só que a falta de tempo acaba nos afastando de quem gostaríamos de ter por perto. Mais uma vez, trabalhar muito é um dos maiores vilões.
5 – Eu gostaria de ter me permitido ser mais feliz
Não importa o quanto a vida seja boa ou ruim. Em algum momento nos questionaremos: valeu a pena?
São nossas escolhas e o tempo que investimos naquilo que fez diferença em nossa vida e na vida das pessoas que amamos é que realmente fará a diferença. Normalmente não valorizamos as pequenas coisas que temos. Liberdade, amor, felicidade… O quanto você as coloca como prioridade em sua vida?
Feitas todas estas reflexões, é hora de se questionar:
O quer eu realmente quero ser quando crescer?
Agora sem o peso das escolhas dos outros ou das necessidades criadas pela sociedade e que não te cabem mais, apenas vivendo aquilo que te faz sentido.
Mas mudar não é tão simples!
Primeiro vem o medo do desconhecido. Todo mundo faz a mesma coisa, segue a vida do mesmo jeito.
– E logo eu vou arriscar e fazer algo diferente?
Existem dois tipos de pessoas:
- As que fazem;
- As que reclamam da própria vida e falam mal das que fazem 🙄.
Não temos como definir que uma será mais feliz do que a outra. A única coisa que sabemos é que não é o segundo tipo de pessoa que transforma o mundo (nem mesmo seu próprio mundo!).
O ser humano é naturalmente inquieto e movido à insatisfação.
Nossos antepassados evoluíram, criaram a roda, a escrita, mudaram de local, criaram comunidades… simples e puramente porque estavam insatisfeitos com algo e queriam melhorar o que tinham. Faz parte da nossa natureza mudar, melhorar, ser inquieto.
Logo, nossa felicidade e satisfação está ligada diretamente ao quanto “agitamos” a nossa inquietude.
Se evoluímos – como espécie – e chegamos até aqui é porque em algum momento alguém saiu da zona de conforto, colocou o medo de lado e foi em frente.
E como saber o que faz sentido pra mim e o que eu realmente quero?
Autoconhecimento e aprendizado com sua própria história são a base para todo o processo de mudança. Sempre digo que nunca saberei o que eu quero pro resto da minha vida. Mas sei claramente o que não quero, o que não me cabe, o que não me serve.
Você pode testar coisas novas, seja um novo trabalho, um novo modelo de contratação, uma nova empresa… E talvez você vá incluir muitas destas experiências na lista do que não quer. Mas é preciso testar.
Invista em seu desenvolvimento. Muitas de nossas insatisfações vem do fato de não estarmos nos desenvolvendo, nos sentirmos estagnados e sem desafios. Precisamos sentir que aprendemos, evoluímos e contribuímos com algo maior.
Busque um ambiente onde você se sinta bem, em que você tenha prazer em estar e de falar sobre ele para seus amigos e familiares. Um local em que você fique alegre em ir todos os dias e mesmo que haja muita pressão e cobrança por resultados, que seja também um local de crescimento, aprendizado e segurança.
Busque um trabalho onde você utilize suas potencialidades, seus talentos, onde permitam você ser simplesmente você e onde você possa expressar suas opiniões.
Respeite e valorize quem você é para que os outros também o façam.
E como iniciar a mudança?
# Entenda o que você quer fazer, mesmo que seja só o primeiro passo.
Você já pensou no que quer ou gostaria de fazer? Muitas vezes pensamos em mudanças drásticas sendo que apenas estamos insatisfeitos com algo pontual. Basta uma mudança de área, de cargo, de empresa ou inserirmos algo novo no contexto atual e a satisfação aumenta.
Se é uma mudança maior, pense em começar a fazer algo em paralelo, iniciar e testar o que for possível. Se for mudar de estado ou país, quem sabe uma viagem de um mês ao novo local já te mostre como será a nova vida. Se a mudança for de profissão, frequentar eventos com profissionais da nova área pode ser interessante.
O importante é começar.
# Defina o melhor momento para cada passo e entre em ação
Seja qual for a mudança, da mais simples a mais drástica, uma coisa é certa: quanto mais nos preparamos e planejamos, mais tranquilamente as coisas fluem. Por isso é importante pensar nas pessoas envolvidas, nas questões financeiras, nos ganhos e perdas de cada ação.
Lembre-se que mesmo a meta mais difícil pode ser alcançada (sem deixar de viver o seu presente!!!).
Uma boa ideia não passará disso se você não executá-la.
Novamente, o importante é começar.
# Cerque-se de pessoas com o mesmo propósito
Muita gente vai rir dos seus sonhos e dizer que você não é capaz.
Tentarão fazê-lo desistir dos seus projetos e se ajustar ao padrão comum. Estas pessoas somente valorizarão seus feitos quando você provar que deu certo (acolha as críticas e não dê muito peso a elas. Alguém tem calçado os seus sapatos?).
Você ainda precisa destas pessoas ao seu lado?
Cerque-se de pessoas que te incentivam, te façam crescer e que estimulem você a sair da zona de conforto. Muita gente não quer que você cresça e não é por mal: apenas querem que você fique com elas, fazendo companhia e compartilhando suas frustrações.
O mundo requer mais autoconsciência e menos competição. Substitua a competição pelo compartilhamento e pela compaixão. Ao invés de caminhar sozinho rumo as suas realizações, leve com você as pessoas que estão realmente ao seu lado e que amam você verdadeiramente.
Transição de carreira – um novo começo para construir um futuro que realmente deseja
Quando falamos em buscar um novo trabalho para utilizar seus talentos, suas potencialidades e que sinta-se bem, alegre e com motivações para trabalhar, não é algo a ser decidido sem planejamento e aprofundamento.
Para ter sucesso e não se decepcionar com a mudança, é preciso respeitar o processo que chamamos de Transição de Carreira, pois não devemos mudar radicalmente, de uma hora para outra, a profissão que escolhemos e seguimos até aqui.
Muita coisa pode ficar para trás, as coisas boas devem ser absorvidas e bem aproveitadas. Valorize sua trajetória, seja grato pelo que realizou e liberte-se, fortalecido, para seguir em frente. A vida é feita de ciclos.
Construir uma nova carreira não é tão simples, mas saiba: você não está sozinho, podemos ajudar você.