Muitas pessoas estão desempregadas, mandam 100, 1000 currículos e não tem retorno ou não recebem um único agendamento de entrevista em meses.
A crise está aí, as empresas realmente reduziram seus quadros de funcionários, muita gente está desempregada e neste cenário a concorrência aumenta.
Mesmo com este cenário tem empresas contratando e pessoas trocando de emprego.
Questiono: O seu produto é bom?
É assim que você é visto no mercado de trabalho: um produto.
E como todo produto, não basta ter uma embalagem bacana.
Para permanecer no mercado é preciso ter conteúdo de qualidade.
E aqui mora o perigo!
Se a sua dúvida é quanto ao formato, disposição das informações, conteúdo que deve conter no currículo está simples. Veja estes dois materiais:
Em nosso site, disponibilizamos gratuitamente 3 modelos de currículo, super modernos e atuais. É só baixar e adaptar o seu para o formato escolhido: Clique aqui.
Se ainda tem dúvidas, leia este artigo: Dicas essenciais para o seu currículo.
Mas agora vamos falar sobre o conteúdo.
Abaixo listo as principais causas de conteúdo que fazem um currículo ser rejeitado pelos recrutadores.
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Falta objetividade:
Aqui não é sobre a falta de objetivos, é sobre falta de objetividade mesmo.
É o caso de currículos muitos extensos, com muitos conteúdos e que muitas vezes se repetem. Experiências muito parecidas em empresas diferentes, citados em vários lugares do currículo. Como se estivesse “enchendo linguiça”.
Seja o mais objetivo, direto e sucinto possível.
Coloque no currículo o que realmente te destaca e guarde o resto para a entrevista ou para o seu perfil no LinkedIn.
Um caso clássico é quando o profissional lista todas as atividade que fazia, inerentes ao cargo. Um exemplo é um analista de contas a pagar que cita nas principais atividades: pagar contas ou uma secretaria executiva que cita administrar a agenda dos diretores.
Lembre-se: diferencie o seu produto, coloque “o que mais você faz”, o que justificaria alguém querer muito você.
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Pulando de galho em galho:
Experiências muito breves em muitas empresas ainda é muito mal visto.
Hoje as pessoas não seguem mais o padrão antigo, de entrar e se aposentar na mesma empresa. Testar, experimentar atividades e culturas empresariais não é ruim. Mas deve haver um limite.
Ficar menos de 1 ano em cada empresa demonstra instabilidade. Ou você foi demitido logo ou é o típico funcionário insatisfeito, que logo quer sair. Nenhuma empresa quer estes perfis.
A solução? Tente ficar mais tempo no próximo emprego!
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Falta de congruência entre experiências e formações:
A formação é em humanas e toda experiência é em exatas. Ou o contrário.
É muito típico em currículos de profissionais que começaram a trabalhar primeiro e depois buscaram formação. Isso cria uma lacuna e o recrutador não consegue entender qual a linha de crescimento de carreira daquele candidato:
– Será que ele quer continuar trabalhando no que tem experiência ou no que se formou?
Aqui a grande saída é conseguir deixar claro o objetivo e as pretensão. O que você deseja fazer daqui pra frente? E se você não sabe, não será o recrutador que vai te apoiar.
Um processo de coaching ou um bom planejamento de carreira podem te ajudar.
Defina seu direcionamento de carreira e deixe isso claro no currículo. Escreva uma carta de apresentação que te ajude a contar seu histórico e ambições ao recrutador, esclarecendo e conectando formações e experiências.
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Excesso de experiência e falta de formação (o contrário também é válido):
É o típico currículo recheado de experiências mas sem formação equivalente. Enquanto você está na mesma empresa ou trabalhando com pessoas que te conhecem, é muito válido. Mas quando seu currículo vai para as mãos do recrutador a primeira coisa que ele irá ver é se você atende aos requisitos da vaga.
Formação superior, MBA, Inglês fluente: hoje são pedidos mínimos de muitas vagas.
Não adianta ser um excelente profissional se você não tiver uma formação condizente com a posição que está buscando.
Você faria uma cirurgia com um médico que não tem formação em medicina?
Um outro item muito importante: cursos extras, participação em feiras e eventos da sua área de atuação, publicações, voluntariado. Tudo soma.
Isso mostra que você está preocupado com o seu desenvolvimento, com as pessoas em volta – transmitir o conhecimento e buscar se atualizar sobre as tendências da sua área e do mercado de trabalho.
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Experiências e informações defasadas
Aquele curso de MS-DOS não serve mais pra nada.
Parece piada, mas tem pessoas que ficaram “reféns” da desatualização da empresa onde trabalharam o último período – e principalmente se o período foi extenso.
Tudo o que sabem ou que fazem já não está mais em uso e o mercado de trabalho não perdoa.
Assuma a responsabilidade sobre a sua carreira.
Se a empresa onde você trabalha ou trabalhou possui sistemas, equipamentos, processos defasados e você nada podia fazer pela empresa – muitas não aceitam mudanças – mude você!
Busque se atualizar e se qualificar de outras formas.
Volte para a cadeira da escola ou dê um passo atrás na sua carreira para poder se reciclar. Ou os dois.
Planeje e acompanhe a sua carreira sempre.
Não basta fazer um planejamento e seguir à risca.
É preciso ser flexível, antenado e resiliente.
Enquanto você se empenha, o tempo passa. Seus sonhos mudam, suas ambições mudam, as empresas mudam.
A empresa que um jovem sonha em trabalhar pode não existir mais quando ele se formar, mas novas empresas surgirão.
Empregos e funções acabam. Outras aparecem.
O principal é você estar atualizado e no controle de sua carreira.