O trabalho está adoecendo as pessoas – e até matando. É possível mudar esse cenário para não ser o próximo!
As pessoas estão morrendo por um salário. Essa é a conclusão do professor de comportamento organizacional da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, Jeffrey Pfeffer. Sua estimativa é que o emprego acabe com a vida de 120.000 pessoas por ano apenas naquele país.
Assim começa a matéria de capa da revista VOCÊ RH de fevereiro, que estampa o título: CAUSA MORTIS: TRABALHO
Conforme citado na matéria, o ritmo diário, os salários baixos e a falta de tempo para cuidar da própria saúde levam a morte 120.000 pessoas por ano apenas nos Estados Unidos.
Esta não é uma realidade apenas da galera do hemisfério norte.
Aqui no Brasil vemos um aumento anual de doenças ocupacionais que causam afastamento do trabalho ligadas a saúde mental: depressão, ansiedade, síndrome do pânico, burnout. De 2017 para 2018, foi registrado um aumento de mais de 12% nos afastamentos por causas psicológicas.
Jornadas extenuantes, falta de recursos, cobranças excessivas e falta de vida pessoal são as maiores fontes de esgotamento profissional.
Todo mundo conhece alguém que passou por isso. Eu tive burnout e tive muita dificuldade em reconhecer minha doença, mesmo com acompanhamento.
Muitas vezes achamos que questões psicológicas e comportamentais são fraqueza, frescura. Resistimos em aceitar, afinal temos que ser fortes e continuar a trabalhar.
Tudo hoje acontece em ritmo acelerado, recebemos muitas informações o tempo todo, precisamos estar conectados e ativos 24h por dia. E não aprendemos a lidar com isso de forma saudável. Nos cobramos por aumento de performance, em ambientes competitivos e que muitas vezes não prezam pela saúde e qualidade de vida, quase desumanos.
Quantas vezes você ficou no escritório até mais tarde porque todo mundo fica, ou para não mostrar que já tinha terminado suas atividades?
Trabalhar a mais e ser workaholic é quase um troféu “nossa, como ela trabalha muito!”.
Eu já ganhei este troféu muitas vezes. Masss… ele tem um preço, muitas vezes caro e sem volta.
Projetos de vida tem ficado de lado, em detrimento do crescimento profissional.
Deixamos sonhos de lado, saúde de lado, família de lado.
O que é pior, é que nem sempre o crescimento e os méritos profissionais acontecem. O que agrava a situação, porque a fadiga vem, sem o troféu para ostentarmos por aí.
É comum também as pessoas se sobrecarregarem e terem necessidade cada vez maior de trabalharem mais e mais. O aumento de salário acontece, a promoção vem, mas não é perceptível, pois a pessoa já aumentou seu padrão de vida, e muitas vezes, para suprir sua ausência ou se premiar pelo esforço, como uma compensação pelo que perdeu no caminho.
Também é cada vez mais comum as férias encurtadas ou não aproveitadas. Com o acesso à tecnologia, trabalhar de onde estiver e qualquer dia ou horário é mais comum do que o uso das tecnologias para otimizar o trabalho – e com isso, trabalhar menos e com mais resultados.
Trabalhos tóxicos e extenuantes não são exclusivos de quem trabalha em grandes empresas.
Poderíamos associar a qualidade ruim do trabalho à ambientes que instigam a competição, principalmente em grandes empresas, mas esta não seria uma verdade.
É cada vez mais comum vermos empreendedores esgotados. Ser autossuficiente, vencer os desafios de empreender, dar conta de tudo. Só isso já faz com que estes profissionais se sobrecarreguem. E muitos, sem equipe, nem lembram quando foram as últimas férias.
Profissionais autônomos também estão na lista dos “esgotados”. A pressão por garantir diariamente o seu salário, além de cuidar de seus próprios benefícios e estrutura, faz com que eles cheguem ao limite e não consigam relaxar. Não aprendemos a trabalhar neste modelo o que leva muita gente a ter dificuldade com planejamento e gestão e assim acabam se sobrecarregando ou não conseguindo manter o mínimo de qualidade de vida.
Profissionais que amam o que fazem também correm risco.
Exatamente por se envolverem demais com o que fazem, acabam não colocando limites.
4 Dicas para melhorar sua relação com o trabalho à partir de hoje:
#1 Delimite horário
Quantas horas você precisa trabalhar? Nestas horas, você está sendo realmente eficiente, com foco em estar sendo produtivo ou se mantém ocupado, fazendo atividades que não agregam?
E-mails , whatsapp, ligações. Precisam mesmo acontecer / serem respondidos a qualquer minuto? Se possível, desative notificações nos momentos de pausa e descanso.
#2 Existe vida após o expediente
Tenha atividades prazerosas fora do trabalho. Encontre algo que você goste de fazer, converse sobre outros assuntos, se relacione com pessoas que não são do trabalho. Faça algo em que consiga realmente desligar, relaxar.
#3 Cuide de você
Bem estar é cuidar do corpo, mente e alma.
Cuide do Corpo – Você abastece seu carro direitinho, certo? E o seu corpo? Cuide da alimentação para manter o bom funcionamento da sua máquina. Faça atividade física, ela influencia diretamente na sua química cerebral, ajudando a manter a motivação e a positividade. Faça sua rotina de exames anuais. Se você acha tempo para as reuniões, acredite, também conseguirá tempo para você.
Cuide da Alma – aprenda a meditar, relaxar e ser grato. Isso irá melhorar muito sua qualidade de vida.
Cuide da Mente – aprenda algo novo, questione seus padrões e crenças, abra sua mente para novas sinapses.
#4 Tenha clareza sobre quem você é quais passos deseja trilhar
Quem está no piloto automático tem mais propensão à cair no desânimo ou aceitar qualquer situação, trabalhando e levando a vida de forma robotizada, sem questionar e sem entender o que faz e porque faz.
Entenda o que te faz bem, quando precisa parar e para onde esta indo. Isso ajudará você a direcionar suas ações, dizer não quando necessário e ter resultados mais efetivos – e menos nocivos.
Pra carreira ir bem, a gente precisa estar bem.
Se você precisa de apoio, conte comigo.
O meu trabalho é ajudar pessoas que desejam se reinventar:
– para conquistar um trabalho mais autêntico e com propósito;
– para usar seu potencial, seus talentos e habilidades, e ter satisfação no que faz;
– para liderar, colaborar e se dedicar da melhor forma no que já faz;
– pra conseguir melhor harmonia entre a vida pessoal e profissional;
– para colocar em ação seu plano B, C, D… e por que não, tudo isso junto?
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