Este artigo vai abordar questões muito importantes sobre a insatisfação profissional, frustrações com a carreira e o trabalho, algo que parece tendência na nova geração.
A nova geração profissional chegou ao mercado de trabalho com ambições e habilidades bem diferentes dos seus antecessores.
Eles têm pressa, querem viver o hoje como se não houvesse amanhã.
Crescimento contínuo, aprendizado acelerado e um tal de propósito viraram itens básicos, mais valorizados até do que os planos de benefícios.
Por outro lado, empresas tentaram se adequar às pressas, maquiando locais de trabalho e processos para que a flexibilidade exigida por muitos parecesse existir.
Em muitos casos, a liberdade de trabalho foi substituída por e-mails, viagens e reuniões aos finais de semana e os bônus e reajustes salariais trocados por snacks e máquinas de café durante o expediente.
Nossos pais ou avós tinham uma divisão clara entre casa e trabalho. Dificilmente eram acionados fora do expediente, a velocidade das mudanças e dos processos era mais lenta, a cobrança era menor. É claro que tudo isso tem um preço, que nós estamos pagando.
Aos poucos, muitos profissionais vêm percebendo que a conta corporativa não fecha.
Infelizmente vivemos neste cenário que prioriza muito mais a produção e menos a satisfação, sendo que a satisfação de qualquer trabalhador está intimamente ligada com a eficácia produtiva do trabalho, principalmente no que tange a qualidade.
Parece que vivemos na era da insatisfação profissional
Muitas empresas estão abarrotadas de funcionários insatisfeitos nos corredores, nas fábricas, nos escritórios.
E a insatisfação profissional varia de acordo com os sonhos, objetivos e expectativas de cada um.
Há quem tenha insatisfação profissional ocasionada pela escolha errada da profissão, provocada por diversos motivos, como atendimento aos desejos dos pais (seguir uma carreira para agradar o grupo social que o cerca), imposições sociais, falta de análise crítica para definir o que realmente o satisfaz, entre outros.
Há quem tenha insatisfação profissional pelo cargo que exerce. A profissão até pode ser a sonhada, mas o cargo que exerce na empresa não é adequada para a pessoa, provocando insatisfações que às vezes podem ser confundidas por decepções à profissão como um todo.
E há pessoas insatisfeitas com a empresa e organização que trabalha, e os motivos nesses casos podem ser diversos, como insatisfação com o salário, com a gestão de equipe, discordância nos processos trabalhistas, entre outros.
Existe alguma maneira de driblar a insatisfação profissional?
É possível mudar este cenário?
Claro que sim, e você vai entender como ao longo desta leitura!
Os inquietos
Ser feliz apenas aos finais de semana, trabalhar por dinheiro e não por satisfação, não saber – ou não poder – monetizar o seu sonho e viver fazendo o que ama, não ter tempo pra família, saúde e qualidade de vida – são itens que estão sendo questionados.
Neste cenário, surgem os inquietos, pessoas que fogem do padrão de conformismo, que não aceitam as regras e modelos de sucesso estabelecidas pela sociedade, que jogam tudo para cima ou migram entre uma profissão e outra, em busca desse algo a mais.
Claro que muitas vezes, a decisão é apoiada e incentivada pela família, que deu duro para manter o padrão familiar e educar os filhos em boas escolas, mas também vemos muitas pessoas que simplesmente não fazem questão de seguir os padrões do que a sociedade dita como “a melhor escolha”: pessoas que optam por não ter carro ou casa própria, aderem à um estilo de vida mais simples e consciente e que se preocupam muito mais com o ser do que com o ter.
Nos ensinaram que pra ter sucesso é necessário trabalhar duro, muitas vezes estar longe ou ausente da família, como nossos pais fizeram, e abdicar da vida pessoal e do que nos faz feliz, focando 100% no trabalho. Hoje, enxergamos que o caminho para ter satisfação em qualquer coisa que a gente faça é viver o hoje, aproveitar mais o agora e ter clareza sobre quem somos e o que queremos da vida.
E pra isso não existem modelos prontos, precisamos reinventar o trabalho e a forma como nos relacionamos com a carreira, com o sucesso, com a vida.
Pesquisas sobre psicologia positiva já mostram que se preocupar consigo não é egoísmo. A pessoa que mais tem capacidade, financeira e psicológica, para ajudar os outros é quem está bem de verdade.
Assim, quem está bem entrega ao mundo o seu melhor, como uma compensação pelas coisas boas vivenciadas, gerando um impacto positivo em suas ações e relações.
Quando você começa a se levar a sério, quando olha para o que realmente impacta em sua vida, quando potencializa quem você é e respeita a sua essência, você começa a realizar tudo o que sonha, vibra, deseja.
Como contornar o medo da mudança
A maior barreira para que as mudanças ocorram não é a falta de oportunidades e sim o medo da mudança.
O medo prende as pessoas, faz com que elas resistam às mudanças e fiquem presos à padrões, que muitas vezes já não servem mais.
E quem disse que para mudar precisamos mudar tudo de uma única vez?
Normalmente mudamos quando algo chega ao limite. Esperamos demais e quando vemos não dá mais tempo de agir com calma, com leveza. E isso pode ser um desastre.
De fato muitas pessoas temem a qualquer tipo de mudança, entram numa zona de conforto. Mas não devemos pensar assim, as mudanças de nossas atitudes fazem toda a diferença para um melhor futuro, qualidade de vida e satisfação no trabalho.
Os processos de transição de carreira auxiliam nas tomadas de decisões, de escolher a profissão correta e maneira mais segura para mudar os seus rumos profissionais. Neste vídeo eu falo sobre transição de carreira – e sobre como planejar a sua.
Os principais sinais de que sua carreira não vai bem
- Tristeza aos domingos.
- Sexta-feira é o dia feliz. Mas tudo é melhor do que trabalhar, inclusive ficar doente!
- A vida está chata, sem graça e você reclama de tudo.
- No trabalho, tudo o que você gosta de fazer não tem relação nenhuma com o trabalho em si.
- Você sempre está procurando emprego ou oportunidades de empreender, correndo inclusive o risco de ir para algo pior.
- Sua saúde, qualidade de vida, amigos e familiares não são prioridade. Aliás, como encaixá-los na agenda é sempre sua dúvida. Não dá tempo pra isso.
- O que é propósito? Você não faz ideia. Sente que algo está faltando, mas não sabe o que é. Pra que você trabalha? Para pagar as contas do mês e olhe lá.
- Faz compensações, consciente ou inconscientemente. Se não tem felicidade no trabalho, melhor ser feliz de outra forma: compras, comida, jogos, bebida.
- Desafios, crescimento, orgulho da sua carreira. Quanto tempo que você não sente isso?
Não faz ideia de como será seu futuro profissional. A única coisa que você tem certeza é que não quer continuar como está.
Se você se identificou com estes sinais de que algo não vai bem você precisa conhecer o processo de coaching de carreira . Podemos te ajudar, e muito, a superar as suas insatisfações profissionais e provocar a mudança certa na sua carreira.